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Olá pessoal, primeiramente gostaria de informar que mudamos o nome do podcast, antes chamava-se AdmCast, mas a partir de agora irá se chamar Inovar Podcast, o motivo da mudança foi que encontrei um site com o nome de AdmCast.com criado pelo Matheus, embora o site ainda esteja sem conteúdo, quando ele o colocar poderá causar confusão entre os ouvintes. Deixo bem claro que ele não exigiu a mudança do nome, muito pelo contrario, apoiou a ideia do podcast, mas como informei é melhor mudar agora que estamos no começo para evitar confusão nos ouvintes posteriormente. Forte abraço Matheus.

Agora vamos lá, este é o segundo Inovar Podcast, sou o Gledson Leitão do site www.inovar.net e estarei com você na gratificante tarefa de compartilhar conhecimento. Seja bem vindo!

Neste segundo episódio da série Dinheiro e comportamento vamos falar sobre quanto pagamos, você vai descobrir alguns truques que são usados para nos ludibriar e assim fazer com que gastemos mais e mais dinheiro com coisas que as empresas querem nos vender.

Já parou para observar que o valor gasto em alguns produtos que compramos está super valorizado e não correspondem a um valor digamos, justo, mas mesmo assim insistimos na compra, seja por falta de opção, por influência de opiniões diversas entre outros motivos e eu irei citar durante esse Inovar Podcast vários exemplos e vocês vão entender melhor o que estou querendo mostrar.

Existe uma teoria econômica chamada de Valor Subjetivo, essa teoria prega que o valor das coisas é dado pelo quanto o comprador do produto ou serviço está disposto a pagar e não pelos recursos usados em sua produção. É importante entender que o valor não é a coisa em si mesma, não é a soma dos produtos que compõem o produto, mas sim uma tentativa do vendedor de ganhar mais dinheiro agregando valor ao produto ou serviço fazendo o comprador acreditar que o valor do produto é justo. E de certa forma quando alguém paga está afirmando que o valor é válido, ou seja, quando se paga o valor cobrado a negociação está finalizada, e o vendedor conseguiu o objetivo de ganhar mais.

Resumindo: Valor de venda não é um produto avaliado pela quantidade de coisas que foram usadas para produzir algo.

Em outras palavras as coisas só tem valor porque os seres humanos desejam essas coisas.

As pessoas pagam por coisas somente porque querem essas coisas, e quanto mais querem mais dispostas estão a gastar, e as empresas, sobretudo as grandes sabem muito bem usar esse recurso.

Se você avalia algo baseando-se em suas preferências você pagará um valor X, já se outra pessoa avaliar o mesmo produto usando os critérios pessoais dela o valor será diferente do seu. As percepções são diferentes para o mesmo produto.

As pessoas tem diferentes gostos e preferências, valorizam as coisas de forma diferente, uma pessoa gosta de chocolate, outra de morangos, a que gosta de chocolate está disposta a pagar por chocolate, a que gosta de morangos está disposta a pagar pelos morangos.

Isso são alguns exemplos sobre o valor subjetivo das coisas, e o dinheiro é apenas uma ferramenta utilizada para mensurar o quanto de desejo é aplicado a determinada coisa. Quanto mais desejado e cobiçado, maior será a disposição das pessoas para desembolsar dinheiro e comprar aquilo que é objeto de desejo.

E na onda de querer ter o que não se tem condições de comprar, muitas pessoas acreditam e buscam um sonho de consumo que na verdade esconde um pesadelo, muitas pessoas buscam a satisfação pessoal consumindo, tentando ficar na moda, ter algo caro ou exclusivo, e caem na armadilha das dívidas.

Vou deixar uma música do Edu Krieger, ele está na composição, Voz e violão. Não conhece o Edu Krieger? Eu vos apresento.

RESPOSTA AO FUNK OSTENTAÇÃO (Edu Krieger) Composição, voz e violão: Edu Krieger

Você ostenta o que não tem
Pra tentar parecer mais feliz
Mas não sabe que pra ser alguém
Tem que agir ao contrário do que você diz
Você pensa que tem liberdade
Exibindo riqueza e poder
Mas não vê que na realidade
O sistema é que lucra usando você

E o sistema tem a cor
Do racismo e da escravidão
Cada vez que você dá valor
À roupinha de marca e à ostentação
A elite burguesa e branca
Que é dona das lojas de grife
Se dá bem, pois você bota banca
Mas é o sistema que aumenta o cacife

Clipe norte-americano
De artista que faz hip hop
Você quer imitar por engano
Pensando que assim vai ganhar mais ibope
É a regra do capitalismo
Eles querem que a gente consuma
Pra vivermos à beira do abismo
A gente pra eles é porra nenhuma

Você pensa que é modelo
Pras crianças da comunidade
Sinto muito, mas devo dizê-lo
Que o que você faz é uma puta maldade
Se o moleque não tem condição
De entrar nesse mundo grã-fino
Isso pode virar frustração
E você vai foder com o pobre menino

Que pra ter um tênis foda
Pode até assaltar um playboy
Pois se fica excluído da moda
Recebe desprezo e isso lhe dói
E as mulheres que dão atenção
Que te cobrem de beijo e afeto
Valem menos do que seu cordão
Pois você trata elas pior que objeto

Quem batalha pra viver
E botar a comida na mesa
De repente te vê na TV
Dirigindo carrão e exibindo riqueza
Ostentando pra ter atenção
E achando que isso é maneiro
Sem saber que essa ostentação
Faz o branco do banco ganhar mais dinheiro

Negro tem que ter poder
Negro tem que ser protagonista
Tem que estar no jornal, na TV
No outdoor e na capa de toda revista
Mas não tem a menor coerência
Ostentar um anel de brilhante
Isso só vai gerar violência
Inveja e recalque no seu semelhante

Que legal sua conquista
Sua história de vida também
Mas seu papo é tão consumista
Que faz de você um artista refém
Dessa pose fajuta e falida
Que só finge aumentar autoestima
Infeliz de quem sobe na vida
E não sabe o que faz quando chega lá em cima

E aí gostou? O nome da musica é Resposta ao funk ostentação.

Agora vou me dirigir a você que usa o cartão de crédito para comprar produtos e serviços, pois bem, sabia que quando você usa o cartão de crédito para comprar um celular por exemplo você não vai pagar pelo celular, mesmo recebendo o produto que comprou você não irá pagar por ele, mas na realidade você pagará o serviço que usou, ou seja, pagará a administradora de seu cartão de crédito o empréstimo que pegou.

Em resumo, quando você comprou o celular você não pagou pelo celular e sim pelo dinheiro emprestado pela administradora do cartão. A loja que lhe vendeu também pagou uma taxa que normalmente corresponde de 3,5 a 4% sobre o valor total da venda e aqui está incluído o frete. Mas dependendo da negociação da loja ela pode não pagar essa taxa e ainda receber comissão.

Entenda bem, quando você usa o cartão de crédito você está usando o dinheiro dos outros e não o seu dinheiro, por isso você paga juros pelo dinheiro usado, mesmo quando a informação é que você está comprando sem juros. Na verdade os juros já estão embutidos.

O segundo exemplo de coisas que compramos e imaginamos um valor mais na verdade pagamos outro são alguns produtos e serviços que possuem um grande valor agregado, Aquele teoria do valor subjetivo que falei no começo do podcast lembra? Normalmente são itens que investem muito em publicidade, e o valor gasto com publicidade tem que sair de algum lugar, e aí imaginou de onde saí esse valor? Exatamente, esse valor gasto com publicidade saí do seu bolso, isso se você é cliente da marca.

Os produtos da Apple são um claro exemplo disso, mas não é só ela, a principal rival a Samsung também adota esse critério de precificação e outros não citados aqui, elas fazem o seguinte, primeiro se cria o desejo de se ter o produto, depois do desejo criado se busca criar um certo status para quem possui o produto, depois do status criado e o desejo ardente de se ter o produto é hora do bote mortal, assim é definido um preço baseado em analises comportamentais de quanto as pessoas que usam a marca estão dispostas a pagar, então o preço não está ligado a quanto foi gasto para o desenvolvimento e produção, e sim em quanto as pessoas estão dispostas a pagar. Cá pra nois, você não acredita que se gaste cerca de 2.500,00 reais para se produzir um celular né.

Vocês acharam que eu iria falar neste podcast sobre impostos? Não, isso vocês já sabem muito bem.

Mas para não deixar passar em branco eu lhe lembro que os produtos e serviços controlados pelo governo são normalmente protegidos pelo mesmo para que não haja concorrência, simplesmente o governo usa o poder de polícia que o povo lhe confere e o usa para proteger alguns setores como o dos combustíveis, energia entre outros. Quer testar o que estou falando? Compre um carro ou um micro-ônibus e vá carregar passageiros sem autorização do governo e veja o que acontece. Tente criar uma empresa de serviços de telefonia ou qualquer outra coisa que o governo protege.

Agora pense e reflita, o que você tem comprado e desejado é um valor justo?

Acredito que as empresas não são más, você é que é inocente e paga o valor cobrado.

No post deste podcast no site www.inovar.net vou deixar um vídeo do Canal do Otario no youtube onde ele fala sobre o valor dos carros no Brasil em comparação com outros países, vale a pena conhecer o canal, analise o vídeo observando o Valor Subjetivo que você aprendeu aqui.

Vamos agora as fontes do dica de administração: Alessandra Cristina Fahl e José Carlos Marion no livro Contabilidade Financeira. Também participou de nosso aprendizado o professor Hugo Davi Santana. Essa é uma livre adaptação.

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